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sexta-feira, 31 de maio de 2013

Morte Um;



E novamente me encontro neste pranto 
Afogo-me na solidão em meu oceano de lagrimas
Lagrimas...
Sinto-as em meus pulmões soluços ritmados que não acabam
Sufoca-me 
Meu corpo tenta respirar, a procura de ar,
Mas não dá...
Única coisa que resta aqui é lagrimas
Na verdade nem quero respirar
Não tenho mais vontade
E muito menos ar 
Cheguei finalmente aonde eu queria?
Algo me abraça 
Então sinto novamente o conforto, o abraço. 
O abraço da Morte 
Minha eterna amiga
Findando o sentimento...
Fico em paz...

Primeiro Conto;

Dia entediante rotina e mais rotina, nada muda, tudo fica no mesmo lugar, tudo é a mesma coisa.  Estou me sentindo paralisada no tempo, não faço nada para mudar, já estou acostumada com essa vida, aliás, estou melhor assim do que antes. Bem melhor do que naquele tempo em que só havia dor, faz tanto tempo que eu não lembro mais o que aconteceu, só sei que houve dor. O alivio me preenche ainda bem que não me lembro de mais nada do ocorrido.
Preciso fazer alguma coisa diferente hoje, há tempos eu não vou a um bar, ver gente nova, quem sabe até conhecer novas pessoas. Novamente esse pensamento “Conhecer pessoas”, não sei por que sinto esse medo, medo de pessoas. E em meio a esses pensamentos, a voz do meu psicólogo vem me repreender... Mas que se dane, vou assim mesmo.
      Andei por ai, pela avenida da vida, a procura de um bar legal com música ao vivo e gente normal. Entrei em um bar, próximo da minha casa, procurei uma mesa com número impam, números impas, tudo tem que ser impa. Três, foi à mesa que sentei. Pedi uma dose de whisky. Uma voz feminina está cantando uma música que fez parte da minha historia, Por enquanto, é nome dela. Ouvindo aquela música uma lembrança vem átona, o nó na minha garganta se faz, meu coração acelera lembranças dele volta a me perturbar. Vou até o balcão, peço mais doses. Bebo uma atrás da outra, com a esperança de fazer aquelas lembrar sumir.
Encontro-me em um estado nada normal, não é só minha visão que está alterada, todos os meus sentidos se alteraram. Ainda escuto a mulher cantando, não consigo identificar o que ela canta, deduzo que ainda estou no bar. Disco uma serie de números, do qual ainda lutava para esquecer. Ouço aquela voz rouca do outro lado e sei que estava dormindo. Peço, na verdade suplico para que ele venha ao meu encontro, só pela ultima vez. Ele desliga o celular sem falar nada.
Tento parar as lagrimas que saem sem eu sentir. Sinto um dedo áspero enxugar minhas lagrimas, dizendo algo do qual eu não conseguir escutar. É um homem, não sei se é coisa da minha cabeça ou meus sentidos, mas ele tem a quase a mesma parecida Dele, então no ato sem pensar eu o beijo.
Acordo com a cabeça latejando. Ainda sinto meus sentidos alterados e um frio de congelar mamona. Então percebo que estou coberta só com um lençol, olho para o lado vejo um homem. Não sei quem é, muito menos como eu vir parar ao lado dele, ele acorda com um sorriso lindo, dizendo;
- Bom dia minha linda. Acho que eu quero você para mim.
Meu coração acelera, ao ouvir aquelas palavras. Meu cérebro automaticamente repete cada palavra, para mim “BOM DIA MINHA LINDA. ACHO QUE EU QUERO VOCÊ PARA MIM. LINDA. QUERO VOCÊ”. Novamente o nó volta, o medo me preenche, meu corpo congela. Não, não posso ser de ninguém, repito as palavras novamente e de novo, como eu aprendi na ultima consulta.
O homem tenta me tocar, me esquivo, não posso permitir que ele chegasse perto de mim, ainda mais com aquela aparência, ele é idêntico ao... Não consigo pronunciar o nome. Meu estomago revira, o frio na barriga faz o corpo todo se arrepiar. Meu coração está fazendo aquilo novamente, está se apaixonado por aquele homem qualquer. Em puro instinto de sobrevivência, eu saio da cama, visto minhas roupas, pego minhas coisas e saio correndo, ouço o cara dizer alguma coisa, paro ao ouvir a voz, até a voz é parecida... Mas não posso ficar. Não suportaria de novo.
Volto minha concentração só para a voz dentro de mim:
- Corra, corra enquanto a tempo. - Não sei do que exatamente estou correndo, só sei que meu instinto me manda fazer isso. 
Chego a um local, do qual não sei muito bem onde é, sento em um banco para descansar e pensar, colocar os meus sentidos em ordem. Tento raciocinar o que aconteceu nas últimas horas. Analisando bem as coisas, agora eu sei do que eu estava correndo. Estava correndo do amor. Do amor... Como sempre, corri e corro e correrei não posso me dar ao luxo de ter um amor.  
Olho para um cachorro na rua e pergunto pra ele: - Já viu isso alguma vez? Alguém correr e temer o Amor?! – O cachorro late. Nos olhos dele encontro a resposta.
Meu carma é esse, temer e nunca dar-me a gratificação em ter o amor. Afinal, sou uma insana. Minha sina é viver insana.

Caminhos;


Caminhos opostos foram-nos dado,
Mas esqueceu-se que os opostos se atraem.
Atraíra-se, conheceram-se, sentiram-se, amaram-se...
Juraram que nunca iriam se separar,
Passasse o tempo que passasse.
Mas esqueceu-se que ambos eram iguais,
O círculo de transformação e de evolução era em conjunto.
Transformações foram feitas,
Seres evoluídos tornaram-se,
Seguidos pelo tempo.
O tempo, ele distanciou os caminhos novamente,
Ambos que se conhecia, agora não se reconhecem.
Agora eles podem afirmar,
Que são estranhos até para eles mesmos 
                                                  

Somos pequenas Lagartas-Azuis...
Lentas e lerdas.
Tentando manter o equilíbrio dentro de si.
Devagar, devagarinho, quase parado,
É o nosso modo de viver
Procurando evoluir em cada lance da vida
Somos pequeninas, grandes, normais e anormais
Lagartas-Azuis...
Lerdas e lentas.
Vivendo no nosso pequeno, grande, mundo secreto...