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sábado, 23 de novembro de 2013

Consumado;

O corpo já se tornou um recipiente vazio
A pele fria cobre a carne quente
Uma mistura de sentimentos desordenados
Gritam por uma linha reta
Imploram para ser domados
Mal sabem eles que tal coisa
É impossível de acontecer
A alma já esta livre
Porém congelada, ligada a outra parte.
Tudo tem seu preço
Seu sacrifício
Os sentidos se perderam no tempo
As encruzilhadas, já se cruzaram.
Não tem volta.
Deram o relato final
Já não a nada a ser feito
O ato já foi consumado.


Motivo;

Os círculos do amor e da paixão romperam-se
Ou perderam-se em outras dimensões 
Na avenida do universo 
Sai por ai sobrevoando os montes 
A procura de alguém ou algo
Que desse um motivo para essa existência 
Tresloucada
Única coisa que encontrei 

Foram perguntas sem respostas
Encruzilhadas cheias de magoas
Corações partidos. 
Vidas perdidas.
Almas moídas.

Perguntei as entidades que ali estavam 
O motivo pelo qual ainda restava a viver 
Deram-me um sorriso torto
E falaram de um modo meio rouco:
 - Minha jovem moça, o motivo é simples. 
A resposta que lhe darei servirá para todas as suas perguntas. 
O Amor. É o motivo de tudo.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Batalha;

A vida, já tem um sentido.
O sentido de ser vivida
Contudo, como é possível viver em um mundo tão mesquinho.
Tão cheio de si, que acaba tornar-se nada.

Anjos caídos...
São condenados a viver como mariposas, atrás de uma luz.
Luz está que poderá ser o amor ou o ódio
Atrás da sua salvação
A dor de ir atrás permanecerá
O caminho é estreito
Só sobreviverão os que são capazes de lutar.
Ir atrás.

Ser um louco ou um sábio?
Sanidade ou a insanidade?
O que escolhestes?

Senhores do seu destino
Por uns considerados deuses, e demônios por outros.
Deus e Lúcifer estarão assistindo de camarote.
Dando seus lances. 
Vendo quem irá viver lutar e vencer.

Senhoras e Senhores, o espetáculo irá começar!

O mundo é o campo de batalha
Vamos lá seres humanos, fazem suas apostas.

Qual será o lado da sua moeda?
Qual lado do yin-yang, você está?
Qual é o lado certo?

Coragem meus jovens Anjos caídos 
Eles cobram isso o tempo todo
O cabra tem que ser muito macho
Derramar o sangue puro pelo que escolheu

Quem vencerá?

Direita ou esquerda?
Se ficar no meio, será massacrado pelos que estão guerreando.

Não sou um ditador, muito menos um falador.
Só sou um guerreiro, querendo vencer do meu jeito.
A guerra que é a vida.

A gloria está a minha espera.

Éramos Nós;

Somos culpados pelo que escolhemos 
Mas não pelas consequências 
Elas deveriam ser boas 
Mas não foi bem assim que ocorreu 
Minto... 
Por um momento, apenas uma fração de segundos 
Eu pensei que poderíamos ser um casal 
Como outro qualquer 
Mas não foi bem assim que aconteceu 
O fato, meu amor 
É que somos um tanto parecidas 
E um outro tanto diferentes 
Nunca nos encaixamos
Só batemos de frente 
Ah ia me esquecendo, só nos encaixamos na hora H 
A hora em que tanto eu quanto você se torna 
Um só ser 
Brigas, brigas e mais brigas 
Aonde fomos parar ? 
Uma sempre querendo ter razão 
Mas nenhuma tendo razão 
Esse pode ter sido o nosso erro 
Em não aceita o jeito ser de 
De ambas as partes 
Mas meu bem, 
Gostava mais de quando 
Não era eu. Não era você
E simplesmente,  
Era, Nós.


quinta-feira, 21 de novembro de 2013

É eu sei;

É eu sei 
Isso tudo vai ter um porque 
Acredita, é um porque mais feliz 
Do que eu. Do que você. Do que nós. 
Eu tento matar meus sentimentos...
Mas não quero. 
Porém, sei que devo fazer.
Algo por obrigação. Instinto. Necessidade. 
Compreende?

É eu sei
Fico parecendo culpada, disso tudo 
Um monstro 
Um parasita, a procura de um amor para se alimentar 
Ou até uma mariposa 
Vagando nos becos escuros, atrás de uma luz

É eu sei
Estive feliz sem ele
Mas ele está morrendo aos poucos 
Em vez de findar logo o sentimento 
Ele vai morrendo aos poucos 
Martirizando cada lembrança
Palavra, gesto, sussurro, retrato, musica 

Mas alguém me falou: - Para todo amor proibido a um sacrifício
Tô desse modo, não quero mais ninguém 
Ser só eu e a minha solidão 
Não suporto tanto 
Se queima é de tão frio 

Poderia dizer então que dentro e vaco
Só permanece a pele fria ao redor 
E dentro uma bola de fogo 
Dá qual que é tão fria 
Que queima. 

Por incrível que pareça gosto de sentir 
Mesmo que me queime por dentro 
Pois eu percebo,
Que ainda á algo aqui dentro 
Que ainda estou vivendo. 

domingo, 17 de novembro de 2013

Três Partes;

Tentativas;

Quando acordei
Coração começou a doer
Peguei-o e coloquei-o sobre uma pedra
Com um martelo
Acertei-o
Porém de nada adiantou

Fiz uma fogueira bem grande
E nas brasas enterrei-o
Mas ele não derreteu ou ao menos
Queimou

Novamente tive uma ideia brilhante
Do décimo terceiro andar joguei-o
Logo em seguida corri lá para baixo
Com esperança de que ele tinha esbagaçado
Mas quando cheguei
Ele ainda estava palpitando de um modo frenético

Tive uma ideia nada normal
Coloquei-o sobre uma tabua
E com a faca mais amolada
Comecei a fatia-lo em finos pedaços
Novamente o ato foi em vão
As fatias agruparam-se novamente

Fiquei então de mãos atadas
Não sabia mais o que fazer
Não queria mais viver entre eles
Queria voltar para casa

Salvação;

Sentei-me na calçada
Da rua treze
Olhei para o céu, a procura de
Alguma explicação por eu ainda
Existir

Fiz uma pequena prece ao Anjo
Pedindo alguma solução

Senti então
Uma mão em meu ombro
Olhei para cima, em direção a mão
Ele estava lá
Tão radiante que me fez delirar
Levantou-me e abraçou-me
Como nunca havia feito

Senti meu mundo se desfazer
Minhas pernas amolecer
E a dor desaparecer
Fui tomada pelo calor que fluía dele
Aconcheguei-me em seus braços
E aos poucos fui entregando-me ao
Doce sono

Antes que eu caísse no sono eterno
Lembrei-me da prece que havia feito
E comecei a repeti-la até tudo acabar

“Meu Anjo guia
Mostrai-me o caminho definitivo
Não aguentarei mais esta dor que me aflige
A cada amanhecer
Oh Anjo,
Já aprendi com todos os círculos
Já é chegada da hora de partir
Venha meu Anjo,
Venha buscar-me
Para o meu ser repousar em teu colo
Não consigo mais viver em harmonia
Com os seres humanos
Tenha piedade de tua filha
A leve-me daqui
Para viver junta de ti.”

Fim do Começo;

Repetindo a prece pela terceira vez
Caiu de vez no abismo
Sentiu seu corpo levitar
Não sentia mais necessidade de respirar
Não sentia mais seu coração palpitar
Tudo que havia vivido passou em sua frente
Como uma curta metragem
No fim, só restou a canção de ninar
Que ele sempre cantará para ela
Encerrando de vez
O doce sono profundo daquela menina

E anunciando a sua chegada em casa 

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Pode;



Pode o mundo desabar
 Você ir e voltar
Você ir e nunca mais voltar
Pode até o caos vir e nada mais restar
Pode tudo acabar
Mais você pode ter certeza
Meu amor,
Que a única coisa que restará
Será as lembranças que guardo...
De você. De nós.
Principalmente aquela que foi nomeada de:
Caos.
Lembrança esta que posso até arriscar em dizer que
Valeu a pena viver.

terça-feira, 12 de novembro de 2013

M;

Estou sentindo-me como já não me sentia a muito tempo
Com uma imensa vontade de viver
Porém, viver ao lado dela

Estou sentindo que eu preciso tanto dela quanto ela de mim
A palma da minha mão junto com a dela
Dá a confirmação, de que, se a gente quiser
Poderá dar certo

Estou sentindo-me cada vez mais envolvida nesse romance
Ela está me mostrando um mundo diferente
Do qual, se torna um vicio
O mundo de Marina

Estou sentindo que ao passar do tempo estou fincando mais dependente
Cada vez que se passa, o mundo de Marina me chapa com a maresia.
Constante.

Estou sentindo-me dentro de um processo de adaptação
Adaptação ao mundo dela
Um mundo diferente, delirante e ao mesmo tempo dilacerante
Sempre deixando-me com aquela vontade de um pouco mais

Estou sentindo que sem ela não a de ser
Que o nome dela, tem que prevalecer ao decorrer
Pois, até a letra inicial do nome dela
Está cravada na palma da minha mão

Estou sentindo-me completamente apaixonada por ela
Poderia, mencionar vários adjetivos para ela
Escrever milhões de poemas e cartas dizendo o que sinto
Falar várias palavras e frases, que representasse como sinto-me em relação a ela
E quem sabe até cantar, todas as músicas que me lembra ela/nós
Poderia e até faço, só para vê-la sorrir tanto com os lábios
Quanto com os olhos

Estou sentindo que ao decorrer do tempo não conseguiremos viver separadas
Estamos necessitando de um nós
E quer saber?! Fico em completo estado de jubilo
Ao pensar em um nós
Em eu e ela, juntas.
Em seguir daqui pra frente com ela ao meu lado.


quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Abraço;



Fatos ocorreram

Os cavalos dentro de mim soltaram-se

Passaram por cima de mim

Um surto, um desastre, um delírio

Sem rumo, vaguei entre os seres humanos que ali habitavam

Dançavam, festejavam, pulavam

Toda aquela agitação fez com que os cavalos ficassem sem rumo



Tudo se passou pela minha cabeça

Queria parar aquela dor

Aquela agonia dominava-me  

Aquela angustia

E aqueles malditos cavalos



Sentimentos a flor da pele

O galope de cada cavalo era como um machado

Cortando-me aos poucos

A música que tocava me deixava transtornada

Seres riam, brincavam, gritavam,

Aquilo tudo me irritava,

Deixava os cavalos mais enfurecidos



Por um momento, achei que não iria mais sair dali

Que aquele surto não teria fim



Me enganei

Ela apareceu do nada

Com um belo sorriso me cortejava

E sem nem pensar, joguei-me em seus braços

Na esperança de que ali seria a minha salvação



Naquele momento, ali em seus braços

Os cavalos acalmaram-se  

O surto foi passando

O delírio foi me deixando

E o desastre teve fim

Estava certa, ela foi a salvação



Aquele abraço agiu feito morfina injetada em minhas veias

Os cavalos ficaram em completo estado de entorpecimento

Nada tinha mais importância

Não ouvia, não sentia, não via, não falava

Só degustava daquele abraço

Do qual, levou-me para outra dimensão  



Quero mais dessa morfina

Quero mais desse abraço

Quero mais dessa sensação

Não quero mais viver nessa solidão