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segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Metades por Metades;


Vidas pelas metades.
Quando viram-se, colou.

Sempre soubemos fazer algo legal
Com as metades que dávamos.

Porém, não sou um ser que gosta de metades
Só sei manuseá-las pra fins pro meu próprio bem
E quem sabe até pro nosso bem.
Porque se juntássemos, eu irei acabar me tornando
Você.

Você me faz bem.
Mesmo que seja nas metades de ser.

Te fiz bem? Então meu bem, não faço mais?
Acho que as metades acabou-se.
Foram tantas metades, que perderam-se.

Você me faz e fez bem
Não estou falando que a metade era você
Mas meu coração que só podia amar a metade
Não acabou.
Então você e nem eu, não fez.
Apenas aconteceu. As coisas tem que ser só do modo que é
Ou são apenas consequências do que se escolheu
Enfim, meu coração e teu por metade e um fragmento do seu
É meu.
Não falei de ter feito. Não foi nesse sentido.
Se for um fragmento é boa parte dele.
Pois é um dos maiores.

Anjo Caído;


Ele é aquele que me entende de verdade.
Há quem me dera tê-lo ao meu lado o tempo todo
Seria o ser mais feliz de todos
Ele é o ser do qual eu sempre quis ao meu lado
Com uma pitada do que eu nunca quis
Há quem diz, que ele não presta
Mas é pura bobagem, ele presta de verdade
Ele presta pra mim.
Encontrei uma das minhas metades
Ele encontrou uma das metades dele
Nossas almas vibraram e vibram
Ao se encontrar
A casca não resiste a tanta alegria
Quem diria que ele permitiria um
Encontro tão grandioso assim
Mas vejam bem,
Em matéria não podemos nós encaixar
Mas em alma, nós podemos
Ele vê quem eu realmente sou
E eu o vejo-o como ele realmente é
Ficamos assim, nus, um para o outro
Sem segredos, sem medos, sem cerimonia
Sem mistério...
 Apenas o meu ser e o ser dele.
Apenas eu e ele. Apenas nós.
Pra nós, não á pecado.
Pois nós somos o pecado.
Somos puro. Puro pecado.

Nossos seres se reconhece entre as dimensões
Séculos indo e vindo, nós encontrando.
Para afirmar o nosso elo.

Há meu anjo, quem nós dera
Podermos disfrutar o  profundo desse amor tão grande
Em carne, quem sabe
Um ao outro
Íamos ser aquilo tudo que não fomos
Íamos ser um.
As metade iram se reunir.

Hey, meu Anjo Caído.
Está alma ainda espera por ti
Espera uma reencarnação,
Onde podemos nos consumar
Somos eternos. O nosso elo é eterno.
Somos imortais. O nosso amor é imortal.

Hospicio Particular - Cartas P/ Sanidade Sexta;

Saudações Sanidade,
Hoje escrevo está carta compartilhando um pensamento, dor, seja lá o que for. Só sei que devo compartilhar com você:

Algumas verdades são inevitáveis. Algumas coisas são inevitáveis. Tudo tem um porque, acredita, minhas atitudes são baseadas no que sinto. É inevitável recuperar o tempo perdido ou tampar o sol com a peneira. Contudo, pode-se mudar de opinião sobre certas coisas e fazer diferente, se realmente achar que vale apena. As feridas que foram feitas na alma demoram para cicatrizar e mesmo quando a ferida sara, fica a marca, fica dolorido, pois é na alma. Pode soar meio dramático o que digo, mas na verdade é o que sinto. Desculpa se eu sou meio torta, meio sensível, meio ferida, meio desajeitada e até anormal. E que eu já tombei demais, e tive que levantar sozinha. Trago machucados de todas as minhas vidas, conhecimentos que vai além da compreensão humana, aliás, eu sou um ser que ninguém poderá entender.

Espero que possa entender, ou pelo menos entender um pouco. Como eu disse na carta anterior, esse final de ano não está sendo um dos mais belos, estou depressiva e cada vez mais as coisas pioram. Espero que a virada seja pelo menos aproveitável ou boa.

Beijobeijo, da sua amiga depressiva, Lagarta Azul.

Eu quero;

Quero fazer amor com ela
Ao som daquela musica velha
Que trás sensualidade
Quero ser dela e quero que ela seja minha
Não quero ser possessiva, só quero cuidar
Daquele corpo pequeno
Que se mostra tão duro por fora
Mas frágil por dentro
Imagina que louco seria
Formarmos uma parceria
Nos duas juntas, viajando na imensidão da via láctea
Filosofando sobre as linhas do tempo

Eu quero fazer amor com ela
Em todos os sentidos
Até a paixão ser esgotada
E quando ela for absorvida
Que venha a calma do amor
O amor é infinito, nos somos infinitos
Juntas faremos o amor, o amor mais doce
E faceiro

Quero que ela se descubra em mim
E descubra o amor mais puro que alguém possa sentir
Sim, eu quero fazer amor com ela
Juntar nossos corpos, consumir o mais profundo do intimo
Fazer uma única fragrância, do meu calor junto com o dela
E do blues se faz com as nossas respirações
Ela se entrará para mim

sábado, 28 de dezembro de 2013

Aquele Corpo Pequeno;

Aquele corpo pequeno
Se encaixa perfeitamente em meu corpo
Posso dizer que parecemos um jogo
Um quebra cabeça
A um desejo incontrolável dentro de mim
Que quer porque quer, ter aquele corpo
Dominar cada centímetro
Colocar ele em desordem total

Aquele corpo pequeno
É o abrigo certo para as minhas mãos
O aconchego da minha alma
Algo que não é preciso explicar
E sim ser sentido, apenas sentido
E antes que eu me esqueça de dizer,
Que a respiração dela
É algo extremamente gostoso de cheirar

Aquele corpo pequeno
É saboroso,
Só de olhar, dá água na boca
Só de imaginar
Minhas mãos passeando nas curvas dela
Se perdendo em seu cabelo
Meu corpo colado com o dela
Em uma perfeita sintonia
Eu já fico em estado de euforia
Sim, sou fissurada naquele corpo pequeno

Engraçado até;


Engraçado como as coisas são 

Até ontem ela não me dava bola 
E hoje ela só pensa em mim 
Até ontem eu não passava de umazinha
E hoje eu sou a unica pra ela 

Estava ali, o tempo todo 
Mas ela durona que é, não queria me enxergar 
E eu como sempre, fui insistente 

Já estava nítido, todos sabiam 
Até aquele carinha da esquina, 
Sabia que os meus olhos eram dela 

Não, não estou exagerando 
A coisa é realmente seria, 
A algo nela, que mexe comigo. 
Com meu instinto. Com meu intimo.
Com meu corpo. Meu espirito.

Fico a imaginar, o que poderia ser isso. 
Até ontem, o sentimento era apenas amizade 
Juro, que é verdade.
Não era mais do que isso  

Mas com o tempo e a aproximação repentina dela 
O sentimento foi crescendo, já está saindo fora do controle 
Se transformou em algo do qual já havia sentindo 
Porém, esse tá sendo algo bem diferente
Mais intenso. Mais dengoso. Mais gostoso. 

Quero ela pra mim, desejo-a mais do que tudo. 
E sim, um dia, terei ela inteiramente pra mim. 

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Canção;

Posso ouvir o coro cantando 
Somos tudo aquilo que desejamos 
Podemos ser tudo aquilo que quisermos 
Eles repetem em um tom sombrio 
A cantoria muda de posição, ficando cada vez mais baixa 
Ao fundo, sendo uma trilha sonora de uma discussão  
O momento era extraordinário, 
Não dava para distinguir o que era aquilo, 


Uma alcateia ou um grupo de seres humanos  
Um misto de tudo
Uivando, querendo liberdade 
Dando glorias e glorias, para a mãe Lua 


Mostre quem são vocês
Pra que vieram a esse mundo?
Mostre suas pressas, suas garras, sua pelagem 
A áurea, o espirito animal, quem é vocês?
Porém, a questão é, quem somos nós?


Unica coisa que somos de verdade é, o nosso ser 
Mas não podemos ser
O mundo ainda não está preparado 
Para ver nossa verdadeira face 


O coro grita, vibra com a euforia do grupo 
As vozes muda o tempo 
O som não é mais o mesmo 
A fita que tocava aquela melodia perdeu-se na esquina 
E eu fiquei sozinha nos becos 
A minha querida alcateia já se foi 
Destinados a viver sozinhos 
Marcados com a solidão
A mãe Lua, lá de cima nós dá sua bença
E chora pela nossa vida amarga

Danço na trilha, da qual me leva 
Ao meu destino
Danço sobre a luz da mãe Lua 
Uivando
Com o tom do vento e o coro cantando 
Somos tudo aquilo que desejamos 
Podemos ser tudo aquilo que quisermos 

domingo, 22 de dezembro de 2013

Ironia;


Falar do amor é sempre normal
Até natural
Falar o que realmente ele representa
É o que torna-se difícil
Ainda mais pra uma pessoa que nunca amou
Parece irônico
Alguém que nunca amou
Falar do amor

sábado, 21 de dezembro de 2013

Vem cá;

Vem cá
Deixa eu ti fazer ninar
Até o dia raiar

Encaixe-se nos meu braços
Encontra-se nos meus abraços
Aconchegue-se nos nossos lençóis
Que é tão meu e tão seu e tão nosso

Chegue mais perto, alinha-se no meu peito aberto
Respirações em conjunto ou desregular,
Dependendo do momento. 

Não tenha medo de ser feliz comigo
Vem, não a pressa, o tempo é nosso

E do nosso caso, só nós sabemos o caos que é.

domingo, 15 de dezembro de 2013

Vem Pequena;

Vem, pegue na minha mão deixe eu te levar para outra dimensão 
Vem, não a o que temer, serei sua até o amanhecer 
Vem, não fique acanhada minha pequena, meu afeto você já tem. 

Vou te namorar, te mimar, te desejar, te ter e pertencer a nós.
Vou te pegar, pra olhar o céu e o mar, pra entrar em sincronia com a sua áurea. 
Vou te beijar, mergulhar em seus lábios e dizer dos meus sentimentos absurdos    

Não vamos deixar pegadas na areia, a um risco em alguém nós seguir. 
E essa noite minha pequena, eu só quero um nós. Há sós. 
Vamos nós perder nos lençóis do nosso momento.  

Vem pequena, vamos nós afogar nesse mar de desejo pra saciar a sede.
E com os beijos consumar a nossa paixão. 
Vem pequena, sem pressa, de mansinho, bem gostosinho. 
Vamos curtir a vibe da maresia a beira mar. 
Quero repousar minha cabeça em meio dos seus seios, e sentir a tranquilidade das ondas quebrando em seus seios. 
Vem meu amor. Vem ser minha. 
Vem minha pequena, vem ser um nós. 

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Menina Camaleão;

Menina dos cabelos multicoloridos 
Qual é a sua verdadeira forma?
Brinca de ser eu, tu, ela/ele, nós e vós. 
Nunca se sabe qual é a sua verdadeira casca
Qual será a sua próxima tacada?

Menina dos olhos castanhos
Tua alma é pura
Alma de uma jovem sonhadora, 
Misturada com uma velha sabia.
A um misto de seres em seu olhar
Contudo, ela é verdadeira em cada um deles. 
Olhos grandes, encara qualquer olhar 
Seus olhos são puro veneno, 
Capaz de entorpecer qualquer ser.

Menina dos lábios rosados 
Lábios aveludados, intensos e dóceis 
Delineados, com o mais fino e delicado pincel 
São tão volumosos que dá água na boca 
E quando os lábios se alinham em um sorriso 
Tão perfeito, tão radiante, que é capaz de iluminar 
A alma que encontra-se na escuridão 

Menina da pele branca
Tão branca que chega a ser transparente
Dá até pra ver como funciona dentro daquele ser 
Tão branca, que brilha sobre a luz do sol 
Ofuscando tudo ao seu redor, só á ela
Pele macia e fina, tão delicada que dá medo de toca-la 

Menina camaleão 
Muda a cada estação. 
Muda com as horas, com os dias, com os anos.
Nunca sabe-se o que ou quem ela será daqui pra frente 
Só sabe-se que ela será ela. 
Se arrisca, vive como se amanhã não existisse 
Ela pertence ao hoje, ao mundo, ao infinito. 

Há menina, tudo que faz parte de ti 
Transforma-te em um ser místico
Em um ser único. 
Arisco até em dizer, que encontrei um novo universo 
Em você.

Há menina, quem me dera ver 
Quem tu és de trás dessa magnitude?
O que á além dessa casca?
O que é a sua radiante alma?
Que aurora incrível é essa que você tem?

Há tantas perguntas sobre ti,
Que prefiro nem queimar os neurônios atrás de respostas
Prefiro, ficar aqui, degustando da sua doce presença
Maravilhando-me do modo gostoso que tu ri 
E observando-te, para decifrar o grande enigma
Que és tu. 

P.S: Para a minha querida Evilen. Menina, tu me conquistou de uma forma impressionante. Espero que o nosso laço se eternize e continue pelos anos, décadas e milênios pela frente. Que sejamos amigas não só de carne e sim de alma. :) Te adoro guria. E meus parabéns. Parabéns pela mulher que tu és. <3

sábado, 7 de dezembro de 2013

Hey Moça;

Hey moça,
Posso me sentar perto de ti?
Sua presença me atraiu
Creio que foi esse intenso olhar
Ou esse teu jeito manso de ser

Hey moça,
Posso pagar um sorvete pra ti?
E que, sei lá, parece que qualquer coisa
Que faça ao teu lado poderá ser divertido
Até mesmo um simples respirar em conjunto

Hey moça,
Posso saber um pouco mais de você?
E que, olhando nesses olhos tão expressivos
Me dá uma vontade imensa de embarcar no teu mundo

Hey moça,
Posso desfrutar só um pouquinho mais da sua presença?
E que, o seu jeito é tão gostoso, que vai me encantando
Me tendo e me envolvendo
Por fim, quando dou por mim,
Já me perdi, no seu jeito todo 
Cresce uma vontade de ter mais e mais

Hey moça,
Posso lhe falar uma coisa?
É rápido, papo serio, sem mistérios
E que, bem,
Creio eu, que já estou na sua. 

Eu trocaria um sorvete de flocos por você.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Vamos?;

Não sei mais o que fazer 
Amor, desculpa, mas é inevitável 
Não sei o que fazer para parar de ti entristecer 
Assim...

Me diz o que tu queres? 
Faça-me um pedido, hei de realizar 
Um reino? A lua? Galaxias? 
O que irá fazer-te feliz?

Amor meu, não fique  
Pra que ficar desgostosa da vida?
O cosmo é seu, meu bem 
Aquelas estrelas e o universo também. 

Não sei mais o que fazer, pra você desentristecer. 

Se você topar, 
Posso te levar pra ver o mar, 
Navegaremos até as ilha de Madagascar 
Recitarei um poema em alto mar 
Só pra te alegar
Só pra ver você, desentristecer 
Assim...

sábado, 23 de novembro de 2013

Consumado;

O corpo já se tornou um recipiente vazio
A pele fria cobre a carne quente
Uma mistura de sentimentos desordenados
Gritam por uma linha reta
Imploram para ser domados
Mal sabem eles que tal coisa
É impossível de acontecer
A alma já esta livre
Porém congelada, ligada a outra parte.
Tudo tem seu preço
Seu sacrifício
Os sentidos se perderam no tempo
As encruzilhadas, já se cruzaram.
Não tem volta.
Deram o relato final
Já não a nada a ser feito
O ato já foi consumado.


Motivo;

Os círculos do amor e da paixão romperam-se
Ou perderam-se em outras dimensões 
Na avenida do universo 
Sai por ai sobrevoando os montes 
A procura de alguém ou algo
Que desse um motivo para essa existência 
Tresloucada
Única coisa que encontrei 

Foram perguntas sem respostas
Encruzilhadas cheias de magoas
Corações partidos. 
Vidas perdidas.
Almas moídas.

Perguntei as entidades que ali estavam 
O motivo pelo qual ainda restava a viver 
Deram-me um sorriso torto
E falaram de um modo meio rouco:
 - Minha jovem moça, o motivo é simples. 
A resposta que lhe darei servirá para todas as suas perguntas. 
O Amor. É o motivo de tudo.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Batalha;

A vida, já tem um sentido.
O sentido de ser vivida
Contudo, como é possível viver em um mundo tão mesquinho.
Tão cheio de si, que acaba tornar-se nada.

Anjos caídos...
São condenados a viver como mariposas, atrás de uma luz.
Luz está que poderá ser o amor ou o ódio
Atrás da sua salvação
A dor de ir atrás permanecerá
O caminho é estreito
Só sobreviverão os que são capazes de lutar.
Ir atrás.

Ser um louco ou um sábio?
Sanidade ou a insanidade?
O que escolhestes?

Senhores do seu destino
Por uns considerados deuses, e demônios por outros.
Deus e Lúcifer estarão assistindo de camarote.
Dando seus lances. 
Vendo quem irá viver lutar e vencer.

Senhoras e Senhores, o espetáculo irá começar!

O mundo é o campo de batalha
Vamos lá seres humanos, fazem suas apostas.

Qual será o lado da sua moeda?
Qual lado do yin-yang, você está?
Qual é o lado certo?

Coragem meus jovens Anjos caídos 
Eles cobram isso o tempo todo
O cabra tem que ser muito macho
Derramar o sangue puro pelo que escolheu

Quem vencerá?

Direita ou esquerda?
Se ficar no meio, será massacrado pelos que estão guerreando.

Não sou um ditador, muito menos um falador.
Só sou um guerreiro, querendo vencer do meu jeito.
A guerra que é a vida.

A gloria está a minha espera.

Éramos Nós;

Somos culpados pelo que escolhemos 
Mas não pelas consequências 
Elas deveriam ser boas 
Mas não foi bem assim que ocorreu 
Minto... 
Por um momento, apenas uma fração de segundos 
Eu pensei que poderíamos ser um casal 
Como outro qualquer 
Mas não foi bem assim que aconteceu 
O fato, meu amor 
É que somos um tanto parecidas 
E um outro tanto diferentes 
Nunca nos encaixamos
Só batemos de frente 
Ah ia me esquecendo, só nos encaixamos na hora H 
A hora em que tanto eu quanto você se torna 
Um só ser 
Brigas, brigas e mais brigas 
Aonde fomos parar ? 
Uma sempre querendo ter razão 
Mas nenhuma tendo razão 
Esse pode ter sido o nosso erro 
Em não aceita o jeito ser de 
De ambas as partes 
Mas meu bem, 
Gostava mais de quando 
Não era eu. Não era você
E simplesmente,  
Era, Nós.


quinta-feira, 21 de novembro de 2013

É eu sei;

É eu sei 
Isso tudo vai ter um porque 
Acredita, é um porque mais feliz 
Do que eu. Do que você. Do que nós. 
Eu tento matar meus sentimentos...
Mas não quero. 
Porém, sei que devo fazer.
Algo por obrigação. Instinto. Necessidade. 
Compreende?

É eu sei
Fico parecendo culpada, disso tudo 
Um monstro 
Um parasita, a procura de um amor para se alimentar 
Ou até uma mariposa 
Vagando nos becos escuros, atrás de uma luz

É eu sei
Estive feliz sem ele
Mas ele está morrendo aos poucos 
Em vez de findar logo o sentimento 
Ele vai morrendo aos poucos 
Martirizando cada lembrança
Palavra, gesto, sussurro, retrato, musica 

Mas alguém me falou: - Para todo amor proibido a um sacrifício
Tô desse modo, não quero mais ninguém 
Ser só eu e a minha solidão 
Não suporto tanto 
Se queima é de tão frio 

Poderia dizer então que dentro e vaco
Só permanece a pele fria ao redor 
E dentro uma bola de fogo 
Dá qual que é tão fria 
Que queima. 

Por incrível que pareça gosto de sentir 
Mesmo que me queime por dentro 
Pois eu percebo,
Que ainda á algo aqui dentro 
Que ainda estou vivendo. 

domingo, 17 de novembro de 2013

Três Partes;

Tentativas;

Quando acordei
Coração começou a doer
Peguei-o e coloquei-o sobre uma pedra
Com um martelo
Acertei-o
Porém de nada adiantou

Fiz uma fogueira bem grande
E nas brasas enterrei-o
Mas ele não derreteu ou ao menos
Queimou

Novamente tive uma ideia brilhante
Do décimo terceiro andar joguei-o
Logo em seguida corri lá para baixo
Com esperança de que ele tinha esbagaçado
Mas quando cheguei
Ele ainda estava palpitando de um modo frenético

Tive uma ideia nada normal
Coloquei-o sobre uma tabua
E com a faca mais amolada
Comecei a fatia-lo em finos pedaços
Novamente o ato foi em vão
As fatias agruparam-se novamente

Fiquei então de mãos atadas
Não sabia mais o que fazer
Não queria mais viver entre eles
Queria voltar para casa

Salvação;

Sentei-me na calçada
Da rua treze
Olhei para o céu, a procura de
Alguma explicação por eu ainda
Existir

Fiz uma pequena prece ao Anjo
Pedindo alguma solução

Senti então
Uma mão em meu ombro
Olhei para cima, em direção a mão
Ele estava lá
Tão radiante que me fez delirar
Levantou-me e abraçou-me
Como nunca havia feito

Senti meu mundo se desfazer
Minhas pernas amolecer
E a dor desaparecer
Fui tomada pelo calor que fluía dele
Aconcheguei-me em seus braços
E aos poucos fui entregando-me ao
Doce sono

Antes que eu caísse no sono eterno
Lembrei-me da prece que havia feito
E comecei a repeti-la até tudo acabar

“Meu Anjo guia
Mostrai-me o caminho definitivo
Não aguentarei mais esta dor que me aflige
A cada amanhecer
Oh Anjo,
Já aprendi com todos os círculos
Já é chegada da hora de partir
Venha meu Anjo,
Venha buscar-me
Para o meu ser repousar em teu colo
Não consigo mais viver em harmonia
Com os seres humanos
Tenha piedade de tua filha
A leve-me daqui
Para viver junta de ti.”

Fim do Começo;

Repetindo a prece pela terceira vez
Caiu de vez no abismo
Sentiu seu corpo levitar
Não sentia mais necessidade de respirar
Não sentia mais seu coração palpitar
Tudo que havia vivido passou em sua frente
Como uma curta metragem
No fim, só restou a canção de ninar
Que ele sempre cantará para ela
Encerrando de vez
O doce sono profundo daquela menina

E anunciando a sua chegada em casa 

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Pode;



Pode o mundo desabar
 Você ir e voltar
Você ir e nunca mais voltar
Pode até o caos vir e nada mais restar
Pode tudo acabar
Mais você pode ter certeza
Meu amor,
Que a única coisa que restará
Será as lembranças que guardo...
De você. De nós.
Principalmente aquela que foi nomeada de:
Caos.
Lembrança esta que posso até arriscar em dizer que
Valeu a pena viver.