Pensamentos
suicidas
Devaneios
complexos
Sentimentos
angustiantes
Sensações
de desespero
Ideias
absurdas
O caos
tomou conta
E se eu
matasse o meu Eu,
O que
sobraria?
O que eu me
tornaria?
Uma casca
assassina,
Crê os meus
eus
Assassina
de mundos
Mundos meus
Mundos
deles
Mundos dos
mundos
Irei
tornar-me serial Killer
Matarei
cada pessoa
Que um dia
fui, que sou e serei
O dia, a
tarde e à noite
Já não
fazem sentido
Aliás, o
que faz sentindo?
A não ser
não ter sentido
Falarei com
o primeiro que passar
Pedirei
ajuda
Você
ajudaria ou não? Uma alma em plena solidão
O caos
tomou conta de mim
Reza a
lenda que o começo de tudo
Se dá pelo
caos
Será? Se
for? Está pronto? Pronto a ponto de praticar?
O começo do
fim
Bravo,
parabéns vagalumes
Vocês ainda
tem luz própria
E sabem
viver no escuro
Não precisa
mendigar ajuda de ninguém e de nada
Nada, nada
existe
Nada até o
outro lado do riacho
O que a do
outro lado do rio? Do mar? Do oceano?
Nade, até
você encontrar
Até você se
encontrar
Bravo é
aquele que nunca desiste da busca de si próprio
Quem sou
eu? Quem é você? Quem é ele?
Quem somos
nós?
O que eu me
tornei? O que irei tornar-me?
Não sei,
sinceramente não sei
Nada disso
vai ter resposta antes do fim
Para saber
de tudo, é preciso chegar ao fim
Eu matei,
mato e matarei
Todos os
meus eus
Assim, não
irei esperar até o fim por uma resposta
Bye, bye,
foi um prazer,
Mentira,
não foi prazer nenhum
Tudo não
teve prazer
E se eu
matasse o meu Eu?
Você sentiria
falta?
Quem
sentiria a falta de uma alma errante?
De um ser
pensante?
De uma
negra ainda escravizada?
De um
detento? De uma louca?
De Lúcifer?
De Deus? De deuses?
Quem
sentiria a minha falta?
Eu não fui,
eu não sou, eu não serei
Nunca fui,
nunca sou, nunca serei
Eu fui, eu
sou, eu serei
Uma eterna
casca, a procura de algo
Que possa
preencher-me