Total de visualizações de página

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Quarto Conto – Desfragmentação;

Desilusão;
Amor porque me abandonaste?
Está fazendo tanto frio sem ti
A cama já não é a mesma sem o teu calor
Aliás, meu corpo não é o mesmo,
Desde que você se foi.

Nunca precisei de agasalho
Pois, eu tinha teu corpo,
O calor receptivo;

Nunca precisei olhar-me no espelho
Você falava o tempo todo que eu era
 A criatura mais bela que viste;

Nunca precisei ficar triste
Pois, eu tinha o teu sorriso para lembrar-me
De sorrir sempre;

Nunca precisei olhar,
Eu tinha os seus olhos, você era eles,
Tu observavas e vigiavas tudo ao meu redor;

Nunca precisei de muita coisa para poder viver
Pois, eu tinha você,
O seu amor, a minha vida.

Porém em um ato de loucura
A ira tomou conta de tudo
Você juntou suas coisas
E saiu sem dizer adeus.

Desequilíbrio;
Chorei, desesperei, gritei
Mas você não ouviu
Não olhou para trás

Dias de solidão eu vivi
Não sabia mais quem eu era
A casa ficou irreconhecível
O sujeito que olhava no espelho não reconhecia
Não me lembrava de como sorrir
Não sabia qual roupa que se coloca para me esquentar
Não me lembrava de como olhar e observar
E o pior, não sabia viver.

Como eu iria viver sem você, meu amor?
Uma catástrofe aconteceu
O nosso amor foi destruído
Não sabia se o problema era eu ou você ou nós.

Creio que o erro fui eu, com meu dom de estragar tudo que tenho.
Meu jeito difícil de lidar,
O meu amor amargo e sufocante que sempre lhe dei
Meu jeito torto e ao mesmo tempo reto

Mas amor, tu sabia que o teu amor era assim,
E mesmo assim aceitou viver ao lado dele
Ao meu lado...

Não sabia mais o que pensar
As únicas palavras que saia da minha boca
Era: - Não sei...
Estava com medo de não conseguir voltar ao normal
Sempre tive você, você era o meu mundo.
Minha vida.

Você se auto tirou de mim
Roubou-me o que eu tinha de mais valioso
Destruiu tudo com o teu Adeus
Desequilibrada era como eu me encontrava
Não sabia exatamente o que fazer
Tudo girava entorno de você
De nós...
O que eu deveria fazer naquela época?
Lutar pelo teu amor ou seguir em frente?
Assim como você mesmo estava fazendo?

Decisão;
No findar da minha alma,
Uma luz eu vi
Caminhei ao encontro dela
Um espelho refletia
Um ser anormal
Do qual me pertencia
Os olhos inchados, sem vida,
Pálida, olheiras negras,
Os lábios sem cor...
Parei diante daquela anormalidade
Não poderia mais viver daquele jeito 
Já era uma doença, o amor se tornou uma doença,
O sofrer já tinha virado um câncer,
Cheguei ao fim, o fim do meu próprio ser.
Mal eu sabia, que todo fim pode sim,
Ter um novo começo.

Desapego;
O coração ainda dói
Porém não como antes
Ainda a vestígios de ti aqui
Mas não está tão presente

Você cravou-se em mim
Marcas ainda irão ficar
Por mais que eu diga que você
Não era nada, eu sei que era,
Era o amor. Era o querer. Era o desejo.
Você era eu e eu era você
Nós éramos nós de nós dois.

Com o longo tempo o cansaço veio
Um novo rumo descobrir
E a tua alma,
Desapeguei, apaguei.

Destino;  
Olhei naqueles olhos brilhantes e vibrantes e provocantes
Pude sentir a cura, o amor verdadeiro.
Meu coração chorou,
Um choro de felicidade.

Quando o toque da figura aparando-me,
Minhas pernas amoleceram novamente.
Meu corpo arrepiou-se no exato momento,
Em que o abraço tomou de conta.

Quando aceitei a cura,
Cambalhotas o meu coração deu,
Minha áurea voltou a ser radiante,
Meu sorriso apareceu...

Percebi então, que amores vêm e vão,
Que tudo tem um fim
A solidão, o desespero, a tristeza...
Até mesmo o próprio fim.
O melhor de tudo é que, pode-se transformar,
Eles em força.
É assim começar tudo de novo
Porque o amor é um círculo vicioso,
É um circuito perigoso,
Do qual são poucos que tem a coragem
De recomeçar tudo de novo.

Despedida;
Meu ex-amor, tenho algo a dizer-lhe:
Não fique triste, saiba que eu dei o meu melhor
Para poder te ter, mas você não me deu o devido
Valor, respeito, compreensão, o devido mundo que eu queria.
Então, meu anjo da guarda teve piedade do meu ser,
E guiou-me até ele, a figura encantadora.
Do qual, é o ser mais esplêndido que eu vi um dia,
E adivinha, ele é verdadeiro, não que eu queria chamar-te de falso...
Olha por um lado bom ex-amor, não irei importunar-te mais,
Enfim, espero que fique bem e que encontre um novo amor também (que tenha saco para te aguentar).
Um beijo e até


Da sua queria, Desiludida. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário