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quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Abraço;



Fatos ocorreram

Os cavalos dentro de mim soltaram-se

Passaram por cima de mim

Um surto, um desastre, um delírio

Sem rumo, vaguei entre os seres humanos que ali habitavam

Dançavam, festejavam, pulavam

Toda aquela agitação fez com que os cavalos ficassem sem rumo



Tudo se passou pela minha cabeça

Queria parar aquela dor

Aquela agonia dominava-me  

Aquela angustia

E aqueles malditos cavalos



Sentimentos a flor da pele

O galope de cada cavalo era como um machado

Cortando-me aos poucos

A música que tocava me deixava transtornada

Seres riam, brincavam, gritavam,

Aquilo tudo me irritava,

Deixava os cavalos mais enfurecidos



Por um momento, achei que não iria mais sair dali

Que aquele surto não teria fim



Me enganei

Ela apareceu do nada

Com um belo sorriso me cortejava

E sem nem pensar, joguei-me em seus braços

Na esperança de que ali seria a minha salvação



Naquele momento, ali em seus braços

Os cavalos acalmaram-se  

O surto foi passando

O delírio foi me deixando

E o desastre teve fim

Estava certa, ela foi a salvação



Aquele abraço agiu feito morfina injetada em minhas veias

Os cavalos ficaram em completo estado de entorpecimento

Nada tinha mais importância

Não ouvia, não sentia, não via, não falava

Só degustava daquele abraço

Do qual, levou-me para outra dimensão  



Quero mais dessa morfina

Quero mais desse abraço

Quero mais dessa sensação

Não quero mais viver nessa solidão

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