Total de visualizações de página

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Sem titulo;


Pensamentos suicidas
Devaneios complexos
Sentimentos angustiantes
Sensações de desespero
Ideias absurdas
O caos tomou conta

E se eu matasse o meu Eu,
O que sobraria?
O que eu me tornaria?
Uma casca assassina,
Crê os meus eus

Assassina de mundos
Mundos meus
Mundos deles
Mundos dos mundos

Irei tornar-me serial Killer
Matarei cada pessoa
Que um dia fui, que sou e serei

O dia, a tarde e à noite
Já não fazem sentido
Aliás, o que faz sentindo?
A não ser não ter sentido
Falarei com o primeiro que passar
Pedirei ajuda
Você ajudaria ou não? Uma alma em plena solidão

O caos tomou conta de mim
Reza a lenda que o começo de tudo
Se dá pelo caos
Será? Se for? Está pronto? Pronto a ponto de praticar?

O começo do fim
Bravo, parabéns vagalumes
Vocês ainda tem luz própria
E sabem viver no escuro
Não precisa mendigar ajuda de ninguém e de nada

Nada, nada existe
Nada até o outro lado do riacho
O que a do outro lado do rio? Do mar? Do oceano?
Nade, até você encontrar
Até você se encontrar

Bravo é aquele que nunca desiste da busca de si próprio
Quem sou eu? Quem é você? Quem é ele?
Quem somos nós?
O que eu me tornei? O que irei tornar-me?

Não sei, sinceramente não sei
Nada disso vai ter resposta antes do fim
Para saber de tudo, é preciso chegar ao fim

Eu matei, mato e matarei
Todos os meus eus
Assim, não irei esperar até o fim por uma resposta
Bye, bye, foi um prazer,
Mentira, não foi prazer nenhum
Tudo não teve prazer

E se eu matasse o meu Eu?
Você sentiria falta?
Quem sentiria a falta de uma alma errante?
De um ser pensante?
De uma negra ainda escravizada?
De um detento? De uma louca?
De Lúcifer? De Deus?  De deuses?
Quem sentiria a minha falta?

Eu não fui, eu não sou, eu não serei
Nunca fui, nunca sou, nunca serei
Eu fui, eu sou, eu serei
Uma eterna casca, a procura de algo
Que possa preencher-me

Nenhum comentário:

Postar um comentário